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Foto: Katarzyna Górka
“O que eu gosto daqui é que pelo menos tem o que comer, que ao trabalhar para receber uma diária já dá para comprar o que comer” - Josbelys
por Rafaela Gomes
Josbelys, uma jovem de 19 anos vivia na Ilha de Margarita, Venezuela, se define como uma pessoa direita, que se incomoda com coisas feitas com má intensão. Sua vida era voltada aos cuidados de sua filha de quatro anos, e também dedicava tempo à sua família que tradicionalmente se reunia aos finais de semana para se divertirem e ir à praia. Com sua filha recém nascida de apenas seis dias nos braços, Josbelys se recorda de ter tomado a decisão de vir ao Brasil, numa longa e cansativa viagem de ônibus que se estendeu por três dias, em busca de refúgio pouco antes de dar à luz em razão da falta de suprimentos causada pela crise em seu país, esperando conquistar uma estabilidade, já que se tornava cada vez mais difícil encontrar mantimentos para comprar, além de sua precária condição financeira. A jovem afirma que por hora pretende permanecer no Brasil mas sonha com um futuro em que possa voltar para junto de sua família na Venezuela e acredita que seu país “assim como caiu, pode se levantar”.
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