Foto: Fabricio Carrijo
“Pensava que as pessoas iriam me tratar mal aqui, mas as pessoas me tratam muito bem” - Ilari
por Ana Clara Bernardes e Amanda Palácio
Ilari Diaz, tem 20 anos, é natural de Puerto La Cruz, no estado de Anzoátegui. Ela trabalhava como segurança e decidiu abandonar sua cidade natal, em 2018, em razão da falta de remédios e alimentos. Ilari conta que veio para o Brasil em busca de um futuro melhor para seu marido e filhas. A jovem considera que seu maior desafio é proporcionar para as filhas um futuro melhor, em meio a situação da crise.
Ela está morando no Abrigo Rondon 1 há quatro meses. Suas expectativas de encontrar no Brasil um refúgio foram alcançadas. Ilari gosta muito dos brasileiros e diz que não esperava ser tão bem tratada. Sobre sua antiga vida na Venezuela, menciona que o pouco dinheiro que ganhava como segurança dava apenas para a comida, logo, não sobravam recursos para que pudesse se divertir com sua família.
Ilari diz que “todos os dias no abrigo são iguais” porque ela não consegue encontrar um emprego e juntar dinheiro para seus planos. Apesar da situação complicada, ela tem esperanças de que conseguirá um emprego que pague bem o suficiente para que possa comprar uma casa na Venezuela, quando ela retornar. Seus planos são de regresso porque apesar de gostar muito do Brasil, a falta que sente de casa é ainda maior.
Apesar de todas a dificuldades, Ilari tem uma visão otimista e acredita que a atual situação da Venezuela vai melhorar e que assim poderá retornar com sua família à sua cidade natal Puerto de La Cruz. Assim poderá amenizar a falta que sente de seu país principalmente dos aspectos culturais como música e comidas tradicionais da Venezuela. Ilari se define como uma mulher trabalhadora e humilde e que está sempre em busca do melhor para a sua família.